Tenho saudades
tuas.
Sei que no fundo sabes tudo o que estou a sentir neste exato momento,
porque ainda sabes quem sou, mas será que ainda duvidas disso?!
Pois bem, quero que saibas que nada mudou. Eu continuo a amar-te. Às vezes
questiono-me se ao fim de tudo isto nada tenha mudado…mas não, eu continuo a
amar-te realmente muito. Talvez penses nisso ás vezes, não sei.
Posso contar-te outros segredos?
Sinto que há tanta coisa por dizer, é isso que mais me preocupa agora. Se
ambos estamos a seguir cada um a sua vida e o seu caminho, como posso saber se
ainda sou importante na tua vida? Penso muitas vezes nisso, sei lá…já não tenho
o direito de te chatear a toda a hora e de te pedir justificações de tudo…já
não me és “nada”, por assim dizer.
Tudo isso me
deixa triste, porque agora a realidade é essa…já não somos o que eramos, já não
somos “nós”…mas tu e eu.
Palpitas,
estagnas, arrepias, sangras, bates e repetes o ciclo; palpitas, estagnas, arrepias,
sangras, bates, palpitas, estagnas, sangras e bates… E assim te manténs, numa
inquietude constante que jamais me confere estabilidade emocional. Sabes onde
isso me leva? Á tristeza e á dor.
Há coisas que nem imaginas…todos os dias me lembro de ti, não com um
sorriso, mas sempre com uma lágrima de saudade. Nunca saíste do teu lugar, continuas a ser o
dono do meu coração.
A verdade é que se pudesse estava a toda a hora e a todo o instante a falar
contigo, a chatear-te, a melgar-te a perguntar-te isto e aquilo e a combinar
coisas, só para te ver e estar contigo. Mas isso agora causa-me tanto sofrimento,
estar ao teu lado e saber que já não é o que era. O meu coração arrebenta de agonia
e só lhe apetece gritar: “Volta...não suporto mais estar longe de ti”. É sempre
bom estar ao teu lado, mas se por vezes eu pareço estar triste ou demasiado
calada é porque estou sempre a pensar nisso, as recordações do que eramos e do
que já não somos são como que avisos constantes na minha mente.
Estamos juntos,
falamos, conversamos e as coisas agora são tão mais normais e comuns.
Apetece-me antes dizer que te amo, que quero ir viajar contigo, ou que preferia
ir passear contigo á beira-mar, não quero saber se foste sair com este ou
aquele, ou se agora costumas estar sempre em festas…eu já não faço mais parte
dessa tua nova vida, e isso deixa-me devastada. Por isso é que não entendes a
minha raiva, a minha fúria e vontade de fugir, mas as coisas estão-me a custar
mais a mim do que a ti.
Ás vezes só te
pedia que fosses um pouco diferente. Afinal de contas o que pensas…? Quando
decides ser-me claro, ser-me objectivo e mostrar-me o que queres que faça por
ti? Vale a pena?... Se lutar posso ter a garantia que voltas? Sabes que enquanto continuares nessa
inquietude de faz não faz enquanto vai e não vai eu não me posso mover muito
além de onde estou. É por isso que me vez tão tensa e calada, não quero agir e
depois magoar-me ainda mais do que já estou. Quero ao menos saber que posso
contar contigo.
Fico um pouco
neste impasse…o que devo eu fazer?! Vejo-te tão relaxado e “na tua”, chego
mesmo a pensar que agora não passo de uma boa recordação e que as coisas para
ti passaram á história e que agora queres é seguir em frente e deixar-me para
trás. Mas e as tuas ditas saudades? E os gestos de carinho? Sinceramente não
sei como interpretar isso, já não te entendo, já não percebo nada e tudo isso me deixa confusa, com medo e de pé atrás.
Preciso de pistas…preciso que me ajudes.
Preciso de pistas…preciso que me ajudes.
Anseio pela tua resposta ou por um sinal.
Palpitas, estagnas, sangras,
bates, palpitas, estagnas, sangras e bates…
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